terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quando procurar um tratamento para engravidar

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Os médicos afirmam: cerca de 80% dos casais demoram até um ano para concretizar a gravidez. Isso significa que, se as suas tentativas começaram há pouco tempo, é melhor conter a ansiedade. Já passou desse prazo? Então, avalie se é hora de recorrer aos últimos recursos da medicina para realizar o sonho de ser mãe
Por Gabriela Agustini
Você e seu companheiro decidiram ter um bebê, interromperam os anticoncepcionais, passaram a ler tudo sobre o assunto e tempos depois... nem sinal de gravidez. Essa história é familiar? Especialistas em fertilidade garantem ser normal a espera. “As chances de um casal jovem, saudável, que mantém relações sexuais com frequência, engravidar gira entre 20 e 25% a cada ciclo”, explica o ginecologista e obstetra Newton Busso, fundador do Projeto Beta e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Por isso, é natural que o exame de gravidez só dê positivo por volta de um ano após o início das tentativas. “Esse é o tempo que quase 80% dos casais levam para ter um filho. Se aumentar a espera para dois anos, o percentual sobe para 98%”, diz Gilberto Freitas, responsável pelo Setor de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

Mas, no geral, quando a cegonha não vem depois de mais de 12 meses de tentativas, é sinal de que há algo errado com uma das partes envolvidas no projeto de gerar um bebê ¬– sem falar quando o problema está nos dois protagonistas da história. “Nesse caso, o mais aconselhável é pedir ajuda a um especialista”, recomenda Freitas. Um ano tentando engravidar já é o suficiente para dar início a uma bateria de exames que diagnosticam distúrbios por trás dessa frustração.

Essa regra, no entanto, não é válida para pessoas jovens, com saúde em dia e sem histórico de cirurgia ou problemas no aparelho reprodutivo. A palavra jovem aqui merece atenção especial, principalmente no caso das mulheres. Isso porque a idade delas é um dos fatores que mais influenciam na dificuldade de ter filhos. A explicação é simples: os óvulos envelhecem com o avançar dos anos, perdendo gradativamente a capacidade reprodutiva.

“O auge da fertilidade feminina acontece entre os 18 e 20 anos”, explica o especialista em reprodução humana Paulo Olmos, do Projeto de Reprodução Humana Alfa, em São Paulo. “A partir daí, começa o declínio e, aos 35 anos, as condições para gerar um bebê decaem para 70%. Aos 38, essa porcentagem cai para 50%, chegando a 10% após os 40 anos”, finaliza.

O mesmo raciocínio também vale para as técnicas de reprodução assistida, que têm o seu sucesso atrelado às condições físicas da candidata à mãe. Dessa forma, mulheres que já estão na terceira década de vida e desejam engravidar não devem demorar em procurar o auxílio de um médico. “Se já tem ou passou dos 35 anos, bastam seis meses de tentativas naturais. Esperar além disso pode significar a diminuição nas chances de um resultado positivo em métodos como a fertilização in vitro”, diz Olmos.

Antecedentes médicos – como cirurgia para tratar endometriose nas mulheres (quando o tecido que reveste a cavidade uterina invade outras partes do corpo) e para os homens alguma operação nos testículos – podem estar diretamente relacionados a problemas de fertilidade. Quem já passou por esses procedimentos deve procurar um especialista tão logo decida encomendar um bebê. 

FIV - Fertilização in vitro a custo baixo

Um comentário:
Antes da gravidezPrograme a gravidez


Fertilização in vitro a custo baixo
É possível recorrer à técnica de reprodução assistida sem gastar muito dinheiro. Veja alguns hospitais e centros médicos que oferecem descontos e até tratamentos gratuitos
Por Gabriela Agustini
Não conseguir engravidar gera uma frustração ainda maior quando se descobrem os preços dos tratamentos nos centros de fertilização. Os valores variam de acordo com o tipo de procedimento e o problema enfrentado pelo casal. “Uma fertilização in vitro, por exemplo, não sai numa clínica particular por menos de 10 mil reais a tentativa”, conta Gilberto Freitas, responsável pelo Setor de Reprodução Humana do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

O hospital oferece desde 1990 um serviço gratuito, pelo SUS, para casais inférteis do Brasil inteiro. Mas é preciso paciência, pois a fila de espera chega a ser de três anos. Tempo suficiente para muitos casais resolverem suas dificuldades sem a ajuda da tecnologia. “A taxa de gravidez na fila é de 19%”, revela Freitas.

Nem sempre é preciso esperar tanto para fazer um tratamento. Outras instituições no país oferecem descontos e preços acessíveis. Mas atenção: na hora de fazer o cadastro nesse tipo de programa, não se esqueça de incluir no cálculo os gastos com medicamentos e exames. No geral, testes mais específicos e remédios não são subsidiados pelo sistema público de saúde. Para estimar o valor total do orçamento, peça ajuda ao médico.

Confira os locais que oferecem tratamentos de reprodução humana gratuitos ou a preços acessíveis:

São Paulo

Hospital Pérola Byington
Gratuito
Como funciona: o tratamento é gratuito. Os interessados devem agendar uma consulta no hospital público de São Paulo. Para isso, basta ligar na terceira quarta-feira de cada mês a partir das 8 horas, para os seguintes números: (11) 3112-1210 ou (11) 3104-2785. Entre 40 e 50 pacientes são atendidas mensalmente. Após os exames e a visita ao médico, é necessário aguardar o tratamento numa fila de espera de até três anos. O critério de seleção é a ordem de chegada – não há análise socioeconômica. O programa já tem medicamentos incluídos e é válido para pessoas de qualquer parte do país.

Endereço: rua Santo Antônio, 630
Informações: hospitalperola@ig.com.br
Telefones: (11) 3248-8000 (PABX do hospital)

Hospital São Paulo
Desconto de até 60%
Como funciona: há desconto de até 60% no tratamento. No primeiro dia útil do mês, os interessados de todo o país podem ligar na Central de Reprodução Humana, no número 0800-7723322, das 10 às 17h30. São aceitos novos pacientes até completar o número de vagas mensais, que varia de 50 a 100, dependendo da disponibilidade do hospital no período. Quem conseguir um lugar assistirá à palestra sobre a reprodução humana, marcada para o primeiro sábado do mês seguinte. Depois do encontro explicativo, os casais passam pelos exames e pela consulta médica e partem para o tratamento com profissionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Não há fila de espera nem análise de renda. A fertilização in vitro custa de R$ 6 mil a R$ 7 mil, e a inseminação, R$ 2 mil, incluindo as medicações.

Projeto Beta
Descontos de até 40%
Como funciona: nessa iniciativa, localizada na capital paulista e fundada por especialistas da área e professores universitários, é oferecido um desconto de até 40% no tratamento. A primeira consulta custa R$ 170 e deve ser agendada pelo número (11) 3826-7017, de segunda à sexta das 8 às 17h30. O médico faz os exames básicos de fertilidade e marca o retorno dos pacientes. Ao voltar à clínica, o casal é entrevistado por um assistente social, que analisará a situação financeira e estipulará a porcentagem de desconto concedida. Há abatimento também nos medicamentos. No número telefônico, pode-se ainda reservar vaga para a palestra gratuita sobre técnicas de reprodução assistida, que o Projeto promove uma vez ao mês. Sempre aos sábados, a partir das 9 horas, o encontro esclarece as principais dúvidas dos participantes sobre o assunto.

Santo André

Faculdade de Medicina do ABC
Descontos de até 70%
Como funciona: há descontos de até 70% no tratamento. Professores e médicos residentes do hospital universitário atendem cerca de 100 mulheres por mês. O agendamento da consulta, gratuita, é feito no número (11) 4993-5401, de segunda à sexta das 8 às 17 horas. Estima-se em dez dias o tempo de espera para a primeira visita ao médico, que inclui uma palestra sobre a reprodução humana. Depois dos exames, não é necessário aguardar em uma fila para fazer o procedimento recomendado. O custo estimado da fertilização in vitro é de R$ 4 mil a R$ 5 mil e a inseminação sai por R$ 600, incluindo as medicações. Não há a análise de renda. Os exames podem ser feitos pelo SUS ou pelo convênio médico e o programa atende casais de todo o país.

Ribeirão Preto

Hospital das Clínicas
Gratuito
Como funciona: o tratamento é gratuito e o serviço é exclusivo para pacientes do interior paulista. Os interessados devem ir a um posto de saúde em sua cidade, que encaminhará o pedido para a divisão regional até chegar ao hospital. Não há a análise socioeconômica e a fila de espera é de cerca de um ano. Os tratamentos são realizados pelos professores e médicos residentes da instituição universitária. Os custos com medicamentos variam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil e devem ser pagos pelo casal.

Rio de Janeiro

Projeto Vida
Gratuito
Como funciona: há tratamentos gratuitos e com desconto de 50%, mas apenas casais com renda até R$ 2,3 mil podem se inscrever no site da clínica carioca Pró Nascer Pró Nascer para uma palestra sobre a reprodução humana, que acontece a cada dois meses. No encontro, com 90 casais, são sorteados dez tratamentos gratuitos, a serem realizados pelos profissionais da instituição, para pessoas com renda até R$ 1,2 mil e dez descontos de 50% para quem ganha entre R$ 1,2 mil e R$ 2,3 mil. Nesse caso, a tentativa da fertilização in vitro sai por R$ 3.960, parcelados em duas vezes. Os medicamentos não estão incluídos no valor.

Todo o país

Programa Acesso
Desconto de 50%
Como funciona: para participar, é necessário que a renda do casal não ultrapasse R$ 3.850. Não existe seleção, fila de espera e vagas delimitadas, mas é preciso comprovar os rendimentos e preencher um questionário disponível nas 72 clínicas conveniadas em todo o país. Para saber se existe alguma na sua cidade, basta acessar osite ou ligar no número 0800-113321. O programa foi criado pela Vidalink, uma empresa de gestão de benefícios de medicamentos, e tem o patrocínio do laboratório Merck Serono. O desconto é apenas para a fertilização in vitro, que custa entre R$ 9 mil e R$ 11 mil, incluindo os medicamentos. A primeira consulta, na qual o casal retira o formulário, é paga e varia de R$ 100 a R$ 280. Além do desconto, o programa permite o parcelamento no cartão de crédito em até 12 vezes. 

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